Curiosidades sobre o roteiro de “O Sexto Sentido” de M. Night Shyamalan

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Uma das melhores histórias de drama/suspense do cinema, com um plot twist daqueles. O filme “O Sexto Sentido” (1999) do cineasta e roteirista indiano, M. Night Shyamalan tem muito a ensinar sobre o processo de desenvolvimento de uma história.

Sem dúvidas, o filme estrelado por Bruce Willis, como o psiquiatra, Malcolm e, por Haley Joel Osment, como o menino, Cole, foi essencial para consolidar a carreira de Shyamalan no cinema, tendo sido indicado em seis categorias no Oscar, inclusive, como Melhor Roteiro Original.

Mas a história inicial de “O Sexto Sentido” era bem diferente da versão final que foi gravada

O intuito era ser uma espécie de filme de serial killer e a principal inspiração de Shyamalan para a história era o filme “O Silêncio dos Inocentes” (1991).

A ideia da história partia de um fotógrafo de cena de crime, cujo filho via fantasmas. Mas a história foi evoluindo durante o processo criativo de Shyamalan e, no meio do caminho, ele teve a ideia de substituir o fotógrafo por um terapeuta, o que mudou toda a história.

As expectativas sobre o roteirista e diretor se tornaram elevadas depois do sucesso do filme e lhe renderam a fama de autor de filmes com plot twists inesquecíveis. É claro que, ao ousar, ele acerta, mas também comete falhas que rendem muitas críticas. Mas o que vale mesmo no processo são as tentativas e a diversão.

Há inúmeras possibilidades para uma mesma história

Não existem regras quanto a como começar a criar uma história, se por um acontecimento histórico, por um contexto social, pelas personagens, etc.

Shyamalan já declarou que suas histórias costumam partir do desenvolvimento das personagens e, para chegar no plot twist de O Sexto Sentido, ele observava especificamente o casal que não conversava e pensava: qual seria a razão pela qual eles não se comunicam um com o outro?

Sua história deve ser um quebra-cabeça para você mesmo e, durante o processo criativo, é natural que surjam dúvidas e até mesmo frustrações quando o processo parece não evoluir.

Se ele tivesse seguido o roteiro inicial, o resultado teria sido tão bem-sucedido? Talvez. E é esse talvez que não pode faltar no seu processo, são essas dúvidas que geram a sensação de andar em círculos muitas vezes que levam a tantas possibilidades.

Faça perguntas sobre a sua história. Pense na personagem, uma simples mudança de profissão ou de motivação pessoal já poderia trazer outro rumo à narrativa. Faça testes.

A parte mais divertida de criar é justamente poder brincar com as inúmeras possibilidades de contar uma história. Você pode errar ou acertar, mas no final, o que vale mesmo é a jornada até o projeto final.


Se tiver curiosidade de ler o roteiro de O Sexto Sentido, acesse aqui.

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